23 de fevereiro de 2007

DISQUE-SEQUESTRO

Às duas da manhã:

Trimmm.........trimmm........ (resolvi atender depois da quarta chamada)

_Alô?
_ (voz de adulto imitando choro) Alô? minha mãe taí? minha mãe taí? você sabe quem tá falando?

_Claro que sei.

_ (voz de adulto imitando choro) Alô? minha mãe taí? você sabe quem é?

_Claro que sei. É o Guilherme. Sua mãe não está.

_(voz de adulto imitando choro) minha mãe não está?? minha mãe não está??

_ Não. Sua mãe foi pro sambra e só volta amanha de manhã. Deixa o recado que eu dou pra ela.

Desligaram.

Não conheço nenhum Guilherme. Deitei e dormi o sono dos anjos.

BETINHO

betinho

Betinho, como é chamado, é dos primeiros moradores do VILLAGE BOUGAINVILLE. Sua mãe, D. Antonieta, era uma senhora tranqüila, sociável, tratava todo mundo super bem. E o fruto não caiu longe do pé.

Quando conheci Betinho eu era uma menina, e na minha memória, ficaram os memoráveis Natais que sua família fazia em casa, com Papai Noel e tudo! Quando ia chegando “a hora” apontava na entrada do Condomínio o Papai Noel desfilando em carro aberto, nossa... aquilo era uma festa para nós! Uma das qualidades de Betinho é gostar e saber lidar com crianças.

Betinho é um cara boa praça, comunicativo, bom de papo e divertido. E a gente pode contar com ele porque é leal e sincero. Está sempre de bom-humor.

É diferente de outros que tem duas caras e vivem de leva e traz. Pela frente tratam todo mundo bem, porém, por trás vivem de intrigas e fofocas, a falar mal e denegrir a imagem dos outros. Estas pessoas, com certeza, tem muito o que aprender com Betinho.

Lembro da sua administração aqui no Condomínio. Não faz muito tempo, ele era o Síndico, pedi que conseguisse verba para a turma enfeitar a vila para as festas de fim de ano. Ele nem piscou. Como nossa receita é pequena, ele pagou do próprio bolso. Coisa de gente participativa e colaboradora. E isto é só um pequeno exemplo de tantas coisas que ele já fez pelo Condomínio.

Betinho sempre deu força e participou das nossas festas, bebia sua cervejinha tranqüila e era papo certo a noite toda. Ainda hoje é assim, está sempre disposto a colaborar para o bem do Condomínio.

Tudo bem, ele não torce pelo Flamengo porém,, a gente sabe que ninguém é perfeito.

Bravo, Betinho!

CARTA AOS PRINCIPAIS JORNAIS DA CIDADE - CEDAE

Prezados senhores,
Na qualidade de síndica do Condomínio da Vila 23 do Conjunto Residencial Honório Monteiro, situado na Rua Rocha Pita, nº23, no bairro do Cachambi, venho perguntar com quem, afinal, devo falar para resolver problemas com a CEDAE já que a empresa não nos atende.
Há cerca de dois meses, a CEDAE esteve aqui para colocar hidrômetro em uma das unidades autônomas. Quebraram a calçada, deixaram todo o entulho no local e não vieram terminar o serviço. O proprietário do imóvel já esteve três vezes na loja da Rua José Bonifácio para resolver o problema, inclusive se oferecendo para custear o serviço de recapeamento da calçada, mas foi alertado que não poderia fazê-lo já que só a CEDAE pode concluir a obra.
Já enviei vários emails para a empresa e nada recebo como resposta. Estive na loja da José Bonifácio pessoalmente e obtive a mesma informação: o condomínio não pode fechar o buraco.
Em suma, a CEDAE não faz e não deixa ninguém fazer.
É certo que o nosso Estado está entregue à prestadoras de serviços muito ruins porém, a CEDAE é digna de receber o título maior de "símobolo de descaso e desrespeito ao consumidor".
Francamente.
No aguardo de uma solução,
Virgínia Meirim
Síndica
CONDOMÍNIO DA VILA 23 DO CONJUNTO RESIDENCIAL HONÓRIO MONTEIRO.

Segue abaixo uma transcrição do email que enviei no dia em que a obra foi feita:

Prezados senhores,
Bom dia,

Na qualidade de síndica do CONJUNTO RESIDENCIAL HONÓRIO MONTEIRO venho solicitar à essa empresa que providencie, imediatamente após a colocação do hidrômetro da unidade autônoma 02 apto 102 (não é 201 como constam nos seus arquivos), OS SERVIÇOS DE RECAPAMENTO E RECONSTRUÇÃO DA CALÇADA DA ÁREA COMUM DO CONDOMÍNIO.
Minha solicitação é fundamentada em vários problemas já ocorridos com a CEDAE anteriormente que, após efetuar reparos de tubulação na área central da vila, levou MESES para pavimentar o chão. Quando ocorreu, foi tamanha a má qualidade do serviço e do material utilizado na obra que o condomínio amarga até hoje os prejuízos da porcalhada da obra feita por vocês.
Por isto, já prevenindo outra situação como aquela, conversei agora de manhã pessoalmente com o Sr. Antônio Araújo, que se identificou como chefe de equipe que, naturalmente em seu "discurso pronto e mecânico" disse que esta "parte" ele não pode resolver, que outro dia virá uma turma para fazer o recapeamento, mas ele não sabe dizer quando". (SIC)
Oportuno dizer que sua resposta não me surpreendeu, conhecendo, como eu conheço bem, a maneira como a CEDAE presta serviços e a incompetência funcional das pessoas que contrata para executá-los.
Estou sendo bastante objetiva e direta. Disse ao Sr. Araújo que a empresa deveria ter um cronograma que previsse o recapeamento imediatamente após a colocação do hidromêtro.
Ao condomínio não interessa se esta, aquela ou outra turma qualquer vai executar o serviço. A CEDAE que se organize para executá-los em tempo hábil.

Atenciosamente,
Virgínia Meirim
CONDOMÍNIO DA VILA 23 DO CONJUNTO RESIDENCIAL HONÓRIO MONTEIRO
SÍNDICA

15 de fevereiro de 2007

DUAS FAMÍLIAS ENLUTADAS

Sou mãe.
Quando soube do caso não conseguia me encontrar, fiquei desnorteada. Chorei, chorei muito. Chorei por solidariedade sincera à mãe de João Hélio e, também, por ver no filho dela os meus próprios filhos quando pequenos. Não há como nomear a dor sentida pela barbaridade sofrida. Não há nada que possa amenizar a dor daqueles pais.
Depois vem a notícia da prisão dos criminosos. E eu sinceramente chorei novamente. Chorei pelas mães daqueles rapazes. Mais uma vez, vi naqueles garotos os meus filhos hoje com 15 e 17 anos. Imaginei a dor destas mulheres quando souberam das atrocidades cometidas pelos filhos. E vendo as cenas da prisão pensei: só quem é MÃE é capaz de medir a dor de ver um filho escurraçado e toda uma cidade querendo a sua cabeça.
Não vamos julgá-las prematuramente, no calor da emoção, por terem errado na educação dos filhos. Será que erraram mesmo??
Os jovens de hoje fazem escolhas ruins, basta passear pelo ORKUT e ver.
Os adolescentes NÃO tem autoridade para falar sobre o assunto, não podem opinar sobre o que nõa conhecem.
Mas tenho certeza de que um adulto equilibrado, pai ou mãe, sabe perfeitamente do que estou falando. Tentem imaginar a dor de um pai que entrega o filho à POLÍCIA. É um homem pobre E digno. Muito mais do que o pai RICO e "juiz" que há tempos atrás tentou acobertar o crime hediondo do filho que, também, barbaramente, só porque "deu na cabeça", tocou fogo em um índio pataxó. Ficou por aquilo mesmo, ninguém toca no caso, e muitos adolescentes do ORKUT talvez nunca tenham ouvido falar.
Provavelmente, este criminoso, que não é mais um adolescente, hoje tem uma vida normal e deve até estar no ORKUT gritando pela pena de morte.
Eu tenho absoluta certeza de que os pais de João Hélio, espíritas kardecistas como eu sou, são contra a pena de morte.
E mais! acredito que pela prática da doutrina, eles mesmos serão capazes de, um dia, perdoar os algozes de seu filho.
Hoje são duas famílias enlutadas pelos filhos. Uma chora pela morte. A outra chora pela sorte.



PENA DE MORTE "NÃO" - ESCLARECIMENTO

Na verdade, o que eu quis dizer de modo bem sutil com o meu depoimento acima e que, com certeza, a maioria das pessoas não conseguiu alcançar é o seguinte:
Se instituída a pena de morte no Brasil, o filho do homem pobre que cometeu uma atrocidade vai morrer.
E o filho do homem rico e juiz que cometeu outra atrocidade vai sair ileso e continuar gozando da nossa cara.

3 de fevereiro de 2007

Sistema Prisional


Fico me perguntando que mal terei feito à Deus para testemunhar a falência do sistema penitenciário e a assunção, em grande estilo, da marginalidade neste país.
O problema não é o pagamento de impostos. As contas públicas, ainda que sobretaxadas, são obrigação de todo cidadão.
O que me causa torpor é ver o meu dinheiro, ganho com trabalho honesto, ser usado para facilitar regalias nas prisões.
Causa-me revolta ver bandidos de alta periculosidade cumprindo suas penas ociosos, usando drogas, jogando cartas e com direito a visitas e íntimas e “tomar sol no pátio”. Trata-se do meu, do nosso dinheiro, garantindo estas bandalhas.
Fico me perguntando ainda porque a reforma penitenciária não chega. Porque não detona esta instituição equivocada e não remaneja estes meliantes para o campo, lugar onde, acorrentados, cuidariam da horta e dos rebanhos para alimentar pessoas de boa índole, homens que se dedicam a atividades laborativas, quase sempre por salários irrisórios e sem direito à melhor qualidade de vida.
Nossos presos nas condições em que se encontram não se recuperam socialmente. O tratamento a eles destinado não está direcionado para tal. Isto é fato. Nas penitenciárias apenas adiam o tempo em que voltarão às ruas, aos morros, para (re)assumir sua vida marginal.
Já pensei um dia que a pena capital pudesse ser a solução. Mudei de idéia. Primeiro, por convicções religiosas e morais. Depois por perceber que resolveria o problemas deles, mas não o nosso. A morte trágica para estas pessoas não tem o mesmo impacto que para nós. Aprendem a lidar com ela com naturalidade, como a única certeza dentro da vida que escolheram. Na verdade, fica apenas a dor das famílias, estas sim, cruelmente penalizadas.
O trabalho, contudo, pode ser um verdadeiro martírio para quem escolhe a vida fácil. Trabalhar em prol dos outros pode ser um castigo de proporções inigualáveis para quem não respeita a vida humana.
Acordar na madrugada, banhar-se em águas geladas, ordenhar, passar o dia arando a terra, planta e colher podem tornar-se tarefas árduas para quem está acostumado a matar e a roubar para ter o que deseja.
Nosso país é pleno de terras férteis. Nossas prisões estão repletas de bandidos. Falta a vontade política, o “animus operandi” para encontrar o elo que pode reverter esta situação.
Na concepção dos homens de Bem não pode existir coisa pior do que viver à margem da Lei. Na concepção dos criminosos nada pior do que o trabalho honesto.
Resta-nos impor isto a eles.






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Mangueira


Mangueira teu cenário é uma beleza
Que a natureza criou, ô...ô...
O morro com teus barracões de zinco,
Quando amanhece, que esplendor,
Todo o mundo te conhece ao longe,
Pelo som de teus tamborins
E o rufar do seu tambor, Chegou, ô... ô...
A Mangueira chegou, ô... ô...
Mangueira, teu passado de glória,
Está gravado na história,
É verde-rosa a cor da tua bandeira,
Pra mostrar a essa gente,
Que o samba é lá em Mangueira !

Filho I

Ninguém conhece melhor este filho do que eu, sua mãe.
É um rapaz extremamente inteligente (e não me venham falar que "mãe depondo não vale"), tem os olhos lindos, uma boca que deixa a da Jolie no chão, amigo, discreto, estudioso, trabalhador, responsável, carinhoso, generoso demais, bondoso, paciente, leal, muito "na dele", altamente espiritualista e ainda odeia cigarro e bebida.
Nos dias de hoje, quando tantos jovens vivem batendo cabeça por aí, ter um filho assim é mais que um prêmio, uma dádiva. É a prove definitiva que Deus existe e me adora.
Eu amo você meu filho. E você sabe disto.

Não vejo a hora de você e seu irmão voltarem da Alemanha. Cinco anos passam rápido.
Que Deus te abençoe sempre
bjin

Filho II

Eu costumo dizer que tenho "dois filhos únicos". Filho II é o meu segundo filho único.
Se eu disser que ele é lindo vocês vão achar que é mãe puxando saco. Mas ele é lindo sim, fazer o que, né?
Totalmente popular, carismático, generoso, amigo, leal, honesto, inteligente, estudioso, totalmente feliz, vive rindo e cantando. A vida pra ele é uma eterna festa.
Filho II é aquele cara "que não vai preso" porque é dono de uma boa conversa, envolvente e carinhosa.
A gente não consegue entrar "in fight" com o Filho II porque ele não deixa. Sai de qualquer situação sempre numa boa com ele e com os outros. E ainda deixa a gente pensando "onde eu errei"? o cara é sagaz...
Além disto, como o irmão, também odeia cigarro e bebida. Nos dias de hoje, com a garotada fazendo besteira à vera ter um filho assim é pra morrer feliz.
Então vamos combinar que Filho II é prova definitiva que Deus existe e me ama.
Que Deus te abençoe meu filho. Eu amo você e você sabe disto.
Não vejo a hora de você e seu irmão voltarem da Alemanha. Cinco anos passam rápido.
bjks