9 de abril de 2010

Rio Acima - JBlog - Jornal do Brasil - Agora que Chico Xavier virou moda, confesso que o espiritismo é perfeito demais para mim

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Blog Rio Acima - Marcelo Migliaccio - JBONLINE

Marcelo,meu prezado
Bom dia!

Agora voce verdadeiramente mexeu em um vespeiro. Pegou pesado. Na verdade, eu já temia que isto aconteceria em razão do filme que está em cartaz e que está gerando uma grande polêmica e idéias distorcidas sobre a Doutrina decodificada por Léon e tornada popular pela generosidade de Chico. Filmes e homenagens à parte, assim como você expressou sua opinião, me julgo no direito de expressar a minha. Há muitos anos, mesmo antes de você ter nascido, o Espiritismo fou a única Doutrina que me ensinou, que me provou e demonstrou todas as causas das mazelas que assolam a Humanidade. É única que explica o que está acontecendo por aí. Nem mesmo o Budismo, por onde um dia passeei, me trouxe tanta paz de espírito e equilíbrio para enfrentar o que está por vir. Ao lado deste entendimento espírita, onde não existem rituais ou Fé cega e fanatismos, nunca deixei de respeitar, entender e aceitar os credos alheios, até porque é justamente isto o que a Doutrina Espírita nos ensina: entender e respeitar o próximo tal como ele é e no que ele acredita.
Talvez o grande mal da HUmanidade seja entender as religiões como ferramenta de solução para os seus problemas quando, na verdade, as crenças existem para nos dar forças quando passamos o que temos que passar. Não se trata de masoquismo, de sofrer agora para ser feliz depois, nada disto. Ao contrário. É esperança de que, de alguma forma, por trás de todas as coisas boas e ruins sempre há um sentido.
Quando André Luiz disse "Na vida não prêmios nem castigos. Só causas e consequências" ele nos deixou claro que nossa vida está em nossas mãos por meio das escolhas que fazemos e do nosso livre arbítrio para fazer as escolhas certas (ou erradas!)
Quando elegemos políticos ruins sofremos as consequências dos nossos atos com governos que nos desonram. Quando não expulsamos do poder os que nos desrespeitam a culpa não é deles, é nossa. Quando insistimos em morar em áreas de risco arcamos com os ônus de possíveis tragédias.
Ah! e como explicar as grandes tragédias? Naquelas onde supostamente o homem não pode enfiar o dedo para traçar o rumo do seu destino? A questão é: quando você tiver tempo de se aprofundar mais na Doutrina, e quando digo isto refiro-me a ampliar seus conhecimentos além de assistir a um filme financiado pela empresa biscoito de praia, sugiro que leia sobre carmas coletivos, onde povos inteiros que assolaram a Humanidade no passado estão em fase de resgate de seus atos insanos e cruéis.
Mas e o bebês que morrem tão pequeninhos? Aí é diferente: são seres tão evoluídos e iluminados que não precisam mais estar entre nós, neste planeta de provas e expiações, de ganância, violência, de contas a pagar. Estes bebês já alcaçaram a sua missão. Mas os pais estão sofrendo! eles ainda não alcaçaram a sua missão...
Quanto a nós, podemos escolher entre diminuir o sofrimento com uma simples mudança de atitude, de entendimento da Lei de Amor, da prática da Caridade e da Solidariedade. Ou prorrogá-lo fazendo justamente o contrário. A escolha está em nossas mãos.
Na verdade, Marcelo, na natureza humana e em todas as religiões o homem sempre acreditará em algo "apesar de". Cada um escolherá a que melhor lhe trouxer explicações.
Talvez agora você entende o real siginificado dos meus tradicionais "Abraços fraternos".
Virgínia Meirim

E não se fala mais nisso porque crença é coisa seríssima e eu respeito tanto e tanto que nunca entro em cizânias por conta deste tema.