26 de março de 2007

SOBRE A PENA DE MORTE

O indivíduo quando entra para o crime entra para matar ou morrer. Aliás, a força motriz que o impulsiona para a marginalidade é justamente a "adrenalina" de arriscar a própria vida, ou a própria sorte.
Matar ou morrer para ele não faz a menor diferença. É um risco que ele gosta de correr. Um jogo, uma roleta russa que o excita e no qual ele está sempre consciente de que pode ser a última vez.
Morrer no asfalto, em troca de tiros ou na cadeira elétrica não faz absolutamente a menor diferença para ele.
Além do mais, a pena de morte custa muito, muito caro aos cofres públicos, tanto quanto mantê-lo prisioneiro nas condições atuais dos nossos presídios.
São anos e anos de apelações, idas e vindas aos tribunais, pedidos de clemência, e nós pagando tudo...
No momento atual, com a Justiça que temos, implantar a pena de morte seria trocar seis por meia dúzia.
O indivíduo criminoso precisa trabalhar forçado. É esta a idéia que ele não consegue suportar.
Conheço o sistema bem de perto, entro em presídios como entro em minha casa, afinal é o meu trabalho.
Não tenha dúvidas de que sei com absoluta certeza o que se passa na cabeça destes marginais.
abraços fraternos

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Virgínia Meirim