26 de março de 2007

O POVO RECLAMA MAS SE ACOMODA

Todo mundo fala e clama muito por mudanças, por Justiça, por medidas severas para a questão da segurança e que tais. Porém... (e sempre existirá um porém) na hora de agir surgem sempre mil desculpas, as pessoas relacionam mil obstáculos.
O trabalho,a família, o dinheiro,a escola, os filhos, enfim... Sempre haverá alguma coisa e/ou desculpa que as impedirá de tomar uma atitude radical que é o que nós todos precisamos fazer neste momento.
Passamos da hora de ficar em discursos, em passeatas. Temos que colocar a cara a tapa, na janela e dizer quem somos e a que viemos.
Não é preciso bagunça. Tudo pode ser feito de forma organizada, ordeira, sem tumulto e sem palavras de ordem. MAS PRECISA SER FEITO.
A força do povo nas ruas é tão incontestável que a História está repleta de exemplos de vitórias obtidas a partir de movimentos populares.
O problema é que toda mudança exige sacrifícios e nem todos estão dispostos a se sacrificar. Muitos podem deixar o país e viajar para o exterior para assistir à Copa do Mundo. Mas não podem ir até ali ao lado, no nosso quintal mesmo, afinal Brasília não é o fim do mundo.
O resultado é óbvio. Os movimentos acabam ficando nas mãos de pessoas que embora sejam fortes, determinadas e combativas são sempre a minoria.
É a velha história: para que eu vou me mexer se tem quem faça por mim, não é mesmo?
"Enquanto existir o cavalo, São Jorge não anda a pé". A minoria atuante é o cavalo que tem carregado o povo por décadas e décadas.
Assim fica fácil. Nada neste país que não seja samba e futebol consegue arrastar multidões.
Não adiantar sonhar que um dia este pano de fundo vai mudar. O povo quer mudanças mas não está disposto a sacrifícios.
O povo é fraco e pessoas fracas não colocam sonhos em pé.
Bem, é isto.
Não dá para comer omeletes sem quebrar os ovos.
Virgínia Meirim

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Virgínia Meirim