SOBRE A COPA DO MUNDO
18 de maio de 2014 às 08:18
Não se pode usar a Copa do Mundo para defender opiniões partidárias em ano eleitoral e criar discussões estéreis de que o evento será sabotado. Não vai.O brasileiro mais racional será capaz de entender que o momento é de esperar para, no tempo certo, fazer as reivindicações que já deveriam estar sendo feitas há anos. Este momento não é o mais adequado.
Ora, já somos vistos lá fora como o país de sexo fácil, dejetos nas praias, arrastões e tudo o que já conhecemos. Saibam que todos os países que nos atacam pelos tablóides também tem seus rabos sujos e seus quartos escuros. Seria a velha máxima do sujo falando do mal lavado.
O que o povo brasileiro precisa é reverter esta situação.Apresentar-se ao mundo como um povo ordeiro, educado, hospitaleiro e tentar, o máximo possível, deixar para os linguarudos a melhor imagem possível.
Vamos continuar a lavar a roupa suja em casa, depois que o evento passar.
Se foram gastos e desviados zilhões de dinheiro para a organização do evento qualquer ato de desmoralização, por ora, é pura perda de tempo. O dinheiro já foi, não vai voltar, já era. E a Copa do Mundo vai sair sim.
Fato é que muitos já se empenham em participar da festa e são poucos os que ainda se manifestam contra. Por isto postei que o gigante acordou e está colando figurinhas da copa. Porque é isto que está acontecendo.
Fazendo uma analogia simplória, imaginemos uma família em que todos se gostam muito pouco ou não se gostam nada. Mas, de repente, alguém vai aniversariar e vai dar um mega evento convidando todos os parentes. Ora, os convidados vão aparecer, vão desfrutar da festa, vão presentear (ou não) o aniversariante e, após o fim da festa, voltam a se degladiar. E uma tática de sair bem na foto e de que a família é bem resolvida. Não é o que se ve nas redes sociais? Pois então...
Assim, é o nosso Brasil. Uma grande família onde todos tem suas diferenças morais, éticas, intelectuais e políticas. Mas o momento não é de expor estas diferenças. Só estaríamos dando munição para os poderosos, ratificando a idéia de que somos aquilo que eles apregoam ser: um povo subdesenvolvido e desordeiro sem condições de receber turistas de forma educada.
As questões de saúde, educação, habitação, desvio de verbas e improbidades administrativas tem tido anos e mais anos para serem discutidas. Mas não tem sido. Somos acomodados e quem disser o contrário eu vou dizer que está equivocado.
Agora, o povo, articulado por interesses partidários e oposicionistas, age como marionetes nas mãos daqueles que tem interesses escusos para desmoralizar o Brasil diante de um evento mundial.
Está na hora de botar a viola no saco, engolir o que já deveria ter sido falado há anos e colaborar para que a Copa do Mundo seja, pelo menos, um exemplo de cordialidade. Que apesar de todos os problemas somos capazes de superar nossas dificuldades domésticas e promover uma apresentação á altura do que se esperava de nós quando fomos escolhidos.
Está um pouco tarde para depredações, manisfestações e que tais. Os sabotadores de última hora não conseguirão seus objetivos.
Tudo o que se reinvidica hoje está há anos nas nossas gavetas morais, éticas e descansadas. As gavetas de um povo que atura desmandos desde a época da Coroa e, agora, tem a iludida impressão de que baderna durante um evento deste porte vai chamar a atenção para os nossos problemas e resolve-los. Não vai.
Tudo acontece de forma desodernada. Manifestantes cobram atitudes de esferas de governos diferentes. Não sabem a quem se dirigir porque nunca sabem se o problema é da conta do Prefeito, do Governador ou do Presidente. Caos total. Um povo atirando para todos os lados.
A Copa vai acontecer e esta é uma verdade inexorável. Agora só vai depender de como o povo brasileiro deseja sair na foto e calar de vez a boca do mundo.
Vi Meirim
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Virgínia Meirim