17 de janeiro de 2013


Prezado colunista,
Boa tarde!

Mais uma vez se acirra a questão ricos x pobres, crime e castigo.
Justamente por se tratar de uma figura pública é natural que a coisa toda ganhe visibilidade.
Entretanto, não podemos fugir do escopo da questão e tratar o problema no calor da emoção.
No meu humilde entendimento, o evento morte do referido senhor era uma coisa anunciada tendo em vista o seu estado clínico e o mal estar que já apresentava antes de sair para trabalhar. Este é um fato.
No que respeita ao evento morte em decorrência (ou não) da humilhação sofrida há que se avaliar os fatos à luz da razão.
O primeiro, o suposto "gatilho" que desencadeou a sua morte foi a o mal tratamento recebido pela atriz Zezé Polessa. Ocorre que que um aborrecimento desta natureza poderia ter acontecido com qualquer outra pessoa ao longo do dia. E sua morte ocorreria da mesma forma já que havia pré-disponibilidade para tal.
Então, se você me pergunta objetivamente se a atriz Zezé Polessa causou a morte (intencionalmente ou não) do Sr. Nelson eu respondo categoricamente: não. Neste caso específico não estão caracterizados nem a culpa nem o dolo.
Quanto ao segundo fato, ou seja, a falta de urbanidade e o mal tratamento destinado pela atriz à pessoa do Sr. Nelson a coisa muda de figura, tanto mais tratar-se de pessoa idosa, amparada pela força da Lei.
Neste caso, e somente neste caso, a atriz deve ser punida com todos os rigores do Estatuto do Idoso como assim deveria ser mesmo que não se tratasse de pessoa de avançada idade.
Urbanidade, cortesia, tolerância, respeito e educação são requisitos básicos para a convivência pacífica em sociedade. E, ao que parece, a atriz envolvida não os (re)conhece e é pessoa de difícil trato social.
Finalmente, causa-me estranheza a postura da promotora que, salvo qualquer outro juízo de valor, parece estar querendo ganhar notoriedade pessoal em cima do sofrimento alheio pelo fato de uma das partes envolvidas pertencer à classe artística.
Me pergunto se ela tem tido a mesma postura perante a tantos outros casos que ocorrem cotidianamente contra idosos, crianças, mulheres e adultos de outras classes sociais.
Seria interessante que a mídia publicasse os feitos da promotora em casos deste mesmo calibre para que pudéssemos avaliar se é uma postura profissional assumida ou é apenas uma oportunidade de ascensão social/profissional.
Abraços fraternos,
Virginia Meirim

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Obrigada pelo post!
Virgínia Meirim